Ensaios sobre Cinema, Filosofia e Educação

Notas pessoais sobre cinema, filosofia e educação

domingo, janeiro 14, 2007

Comentários sobre o filme "V de Vingança"

“V de Vingança” (V for Vendetta) foi lançado em 2005 nos Estados Unidos e possui como roteiristas Andy Wachowski e Larry Wachowski, os mesmos de Matrix. O roteiro é inspirado na série em quadrinhos homônima de Alan Moore. A direção é de James McTeigue que já trabalhou como assistente de direção ou segundo diretor em vários projetos como na própria trilogia Matrix e também em Guerra nas Estrelas (Ataque dos Clones).

O tema gira em torno de vingança e medo. O primeiro constitui o corpo da obra e o segundo, a alma. E é por ter alma que este filme possui qualidade. Alguns podem não gostar dele mas classificá-lo como ruim é atestar a falta de qualquer conhecimento sobre cinema e artes em geral.

O que faz pinturas de Da Vinci, Michelangelo, Salvador Dalí e outros serem diferentes é justamente por terem alma. Ao criá-las esses artistas colocavam nas telas amor, paixão, ódio, imprimiam seus sentimentos e visões de mundo carregados de significados. Além disso, cada obra era única. Só existe uma única “Mona Lisa”, uma única Capela Sistina, um único “Dom Quixote”.

Nos dias atuais, este conceito de arte ainda persiste mas não é mais a corrente dominante. A lei mandatária da nossa era é a “linha de montagem”, a institucionalização, os padrões, as fórmulas e equações que garantem o retorno necessário para o pagamento das contas e que sustentam os lucros.

É muito comum nos shopping centers a presença de pequenas galerias para venda de quadros. Até parece ser mais um milagre dos tempos modernos - o acesso das massas a arte. Uma grande contribuição do nosso tempo a humanidade? Conversa fiada! Se analisarmos com mais cuidado podemos constatar que se trata de uma imagem chapada, impressa em papel sintético, por uma máquina e através de uma matriz. Como máquinas não possuem sentimentos, eu encaro esse objeto como uma farsa, uma obra sem alma.

Algo parecido acontece também no cinema. Hollywood é o mais claro exemplo de institucionalização da arte. O objetivo dos produtores incluem as contas pagas e o lucro garantido. Pra isso existem os clichês e os chavões hollydianos tais como Mel Gibson e Julia Roberts que garantem a bilheteria. Além disso, a tecnologia também dá uma mãozinha. Há inúmero programas de computadores que até mesmo criam os personagens, permitem cruzar perfis, situações, etc. Trata-se mesmo de algo tal como um linha de montagem que no fim tem-se um produto que será consumido por milhões de pessoas pelo mundo todo. Um produto que muitas vezes não tem alma, ou seja, é simplesmente o resultado de uma fórmula de gerar lucros.

Não é esse o caso de “V de Vingança”. Ele não é simplesmente um produto sem vida, sem significados. Sua história até possui clichês que poderiam levá-lo ao desastre, poderia torná-lo um blefe. Seria fácil escorregar para uma critica ou para uma denúncia como simples artifício para atrair o público. Isso seria muito hipócrita por condenar uma certa situação ao mesmo tempo que se aproveita dela.

A história se ambienta em um momento futuro em que a Inglaterra passa por um regime extremamente autoritário. Um político jovem, promissor e extremamente religioso é membro do partido Conservador, é decidido e não tem consideração nenhuma pelo processo político. Seu partido lança um projeto em nome da segurança nacional para a busca de armas biológicas. No entanto este objetivo é apenas fachada pois com isso não seriam questionados sobre os custos. O verdadeiro sentido do projeto é o poder. Dominação completa e total.

Foi criado então o Centro de Detenção Larkhill (Larkhill Detention Center) onde pessoas eram aprisionadas e submetidas a inúmeras violências e até mesmo serviam como cobaias para a criação de um vírus letal ao mesmo tempo que providenciavam também o medicamento para a cura que ele causaria.

Incentivado pela mídia, o medo de uma gerra biológica se espalha rápido e o partido Conservador é visto como a única saída para detê-la. Ele é então eleito e alcança o poder que tanto almejava.

Já com o vírus em mãos, era o momento de o partido mostrar serviço. Ele foi usado em uma escola, no metrô e numa estação de tratamento de água. Centenas de pessoas morreram nas primeiras semanas. Após a contaminação, uma fábrica de remédios controlada por membros do partido lança no mercado o Viadoxic, um medicamento que neutralizava o vírus. A empresa passou a bater recordes nas bolsas de valores e o povo acreditava ser um milagre de Deus que a teria escolhido para salvar o país.

Alguns extremista oposicionistas, usados como bodes expiatórios, foram julgados e condenados, e um memorial é erguido para canonizar as vítimas.

No entanto, os patifes do governo não contavam que um homem que estava preso em Larkhill tinha sobrevivido. Este assume o codinome “V” e dá início a um trama cuja base é a vingança. Ele “visa varrer esses vermes venais e virulentos da vanguarda do vício que permitem a viciosa e voraz violação da vontade”.

Se o filme tivesse ficado nisso eu mesmo teria-o condenado ao inferno para que queimasse ali junto com Rambo e outros do gênero. Mas Alan Moore deu alma a história e os irmãos Wachowski souberam bem traduzi-la para o telão.

Reflexões sobre o medo

O medo tornou-se a ferramenta fundamental do governo para instaurar um sistema de crueldade, injustiça, intolerância e opressão. As redes de televisão BTN (British Television Network) e Interlink contribuem muito divulgando notícias maquiadas.

As pessoas são fracas, não levam em conta que podem ajudar seu país se agissem de um modo diferente. Mas esta consciência é muito difícil de ser adquirida pois o medo é uma emoção, uma condição natural que provoca em nós a percepção do valor negativo que uma determinada situação tem para as nossas necessidades e interesses. Trata-se de um índice que indica o valor não desejável que uma situação tem para a nossa existência, ou seja, para a nossa vida.

Aristóteles afirma que “o medo é uma dor ou uma agitação produzida pela perspectiva de um mal futuro, que seja capaz de produzir morte ou dor”. Isso implica que nem todos os males são temidos mas apenas aqueles que provocam dor e destruição e também que sejam iminentes. Todos sabemos que vamos morrer um dia mas apenas somos tomados pelo medo quando encaramos a morte frente a frente.

Em “V de Vingança”, mesmo o governo usando da violência em vez do diálogo, eliminando a liberdade de se opor, pensar e falar, a população se via obrigada a se submeter. O chanceler criou uma determinada ordem de coisas que mostrava que a segurança da nação somente seria possível através da total submissão das pessoas as suas determinações. Ele tornou a possibilidade de um ataque com armas biológicas algo iminente e muito próxima da realidade das pessoas.

Hobbes afirma que emoções, como o medo, controlam toda a conduta do homem e, neste mesmo sentido, Descartes afirma que a função natural das emoções é nos incitar a executar ações que servem para conservar o corpo ou para torná-lo mais perfeito. Descartes ainda considera que as emoções não provém da diferença entre os objetos, mas dos diferentes modos pelos quais os objetos nos prejudicam, nos ajudam ou, em geral, têm importância para nós. Kant complementa que as emoções ajudam e sustentam a existência implicando que a utilidade das emoções decorre da função exercida em face da vida.

Heidegger é quem aproxima o tema da angústia a grande discussão sobre o medo. Para este pensador, diferentemente do medo, que sempre existe em relação a algo que está dentro do mundo, que se aproxima ameaçadoramente e que pode ser removido, a angústia só pode ser sentida diante do mundo como tal. Ela não é provocada como ocorre com o medo, por um fato particular, mas apenas é contingente da nossa existência.

Com base nesta premissa, o médico e fisiológico Kurt Goldstein demonstrou que a adaptação de qualquer organismo a um ambiente acontece através do que ele chamou de “reações de catástrofe”. Após vários choques, os eventos catastróficos passam ter um significado de comportamento ao organismo, ou seja, ganham forma emotiva de angústia, que o dará capacidade de agir para conservar sua existência. O que produz o medo é o sentimento de possibilidade de surgimento da angústia.

E é justamente essa fraqueza natural que todos temos que é usada pelo governo inglês criando uma série de problemas para que juntos tenham a função de corromper a razão e afetar o bom senso das pessoas, tornando-as angustiadas por uma ameaça sempre presente, sempre muito próxima, pronta a se concretizar a qualquer momento. O medo então as dominam e as fazem recorrer ao novo alto chanceler Adam Sutler que promete paz e ordem pedindo em troca um consentimento silencioso.

Mas o filme não pára por aí em suas indagações sobre a natureza humana. V inspirou-se em um personagem histórico, um soldado chamado Guy Fawkes. Este fazia parte de um grupo que articulou um plano, chamado de “Conspiração da Pólvora”. Ele fora pego no dia 5 de novembro de 1605 acertando a posição de 36 barris de pólvora no porão do prédio do parlamento inglês. Seu objetivo era fazer voar pelos ares o prédio do Parlamento com praticamente todo o governo britânico de então: o rei, a nobreza e os parlamentares. Até hoje, todos os anos no dia 5 de novembro, pessoas no Reino Unido, Nova Zelândia, África do Sul, Terra Nova e Labrador e São Cristóvão celebram a falha da conspiração, na chamada Noite de Guy Fawkes.

A vingança de V então consiste em fazer o que Fawkes não conseguiu, isto é, destruir o prédio do Parlamento com Big Ben e tudo o mais que ele tem direito. Ele quer, com isso, fazer com que imparcialidade, justiça, liberdade sejam mais que palavras vazias de discurso político, mas sim perspectivas que guiam ações efetivas, palavras recheadas de substância, que oferecem um significado e, para aqueles que ouvem, a enunciação da verdade.

Para V a explosão do prédio significa o mesmo que o prédio em si, ou seja, um símbolo. Através deste ato, o povo se liberta do medo, deixando de precisar de signos, e passa a ter esperança sustentada por uma consciência mais precisa da realidade.

Este desenrolar de acontecimentos é bastante interessante. É Sheler quem aponta a relação entre objeto e medo como uma relação simbólica pois considera que os estados emotivos não têm caráter intencional por si mesmos. Não se referem imediatamente a objetos ou situações. O estado emotivo pode tornar-se um signo do objeto ou da situação. Para Sheler, o valor constitui o objeto próprio da emoção e é considerado uma realidade específica, irredutível às realidades percebidas ou conhecidas de natureza absoluta.

Portanto, como bem afirma V, a explosão de um prédio pode sim mudar o mundo embora não existam certezas de nada mas apenas oportunidades. A oportunidade para V está clara, e é com este ato que ele pretende mudar radicalmente a mente de seus concidadãos, colocando abaixo símbolos, signos, significações que tiram a atenção da população não permitindo-as pensar e agir de forma autônoma.

Max Weber também acreditava que as ações são realizadas a partir de motivações que, de certa forma, oferecem significado ou sentido próprio à conduta humana. A sociedade retratada em “V de Vingança” está presa a uma realidade forjada, a uma significação criada e imposta por um grupo que visava o poder. Essa situação somente será alterada se todas as pessoas, coletivamente, mudarem a forma como enxergam as coisas, algo que é muito, mas muito difícil. Somente um evento muito marcante, de grandes proporções, para provocar uma ruptura de paradigma de tal magnitude.

No dia 11 de setembro, os aviões foram além de atingir duas torres e matar milhares de pessoas. Os arquitetos desta ação conseguiram com isso abalar uma crença já muito enraizada. Os estadunidenses possuem fascinação por edifícios. Os prédios são símbolos de progresso e poderio econômico. Dessa forma, foi destruído também a convicção inabalável de invulnerabilidade.

Terrorismo?

Não são poucas as pessoas que acusam “V de Vingança” como um apologia ao terrorismo. Isso é um completo absurdo, mas já que isto é por demais recorrente vou fazer alguns comentários breves.

Normalmente terrorismo é definido como um de sistema de governar pelo terror e com medidas violentas ou como atos de violência praticados contra um governo, uma classe ou mesmo contra a população anônima, como forma de pressão visando determinado objetivo. Em ambos os casos, trata-se de um modo de impor a vontade por meio da violência e do terror.

O problema é que muitos confundem as coisas e classificam reações a situações insuportáveis como terrorismo. É ledo engano querer impor nossa visão de mundo a todas as culturas. A forma como resolvemos problemas e conflitos podem ser completamente diferentes em outras sociedades. Cada povo reage as pressões conforme podem e conforme ditam seus costumes.

É fato que o sistema econômico atual gera desigualdades de proporções astronômicas não apenas dentro dos países, mas também entre os países. Tudo isso pode ser uma panela de pressão que pode explodir em circunstâncias de intensas crises.

Vamos fazer um rápido exame de consciência. Como você reagiria ao conviver com a penúria e a privação em todos os sentidos? Se presenciasse a morte de crianças devido a miséria e a fome? E tudo isso simplesmente devido ao seu país não ter nenhum atrativo econômico, como é o caso de muitos países africanos, ou ser tão abundante de riquezas naturais que faz com que os interesses de uma minoria cause um estado de exploração extrema.

Não precisamos ir tão longe. Como julgar as ações de uma classe excluída se palavras como educação, boas maneiras, democracia, não possuem qualquer significado? Essas palavras vazias vão alimentar seus filhos?

Eu lembro-me bem de um pronunciamento de alguns pesquisadores que tiveram suas plantações de transgênicos destruída por ativistas. Eles diziam que era uma calamidade pois anos de pesquisas foram perdidos e que a capacidade de gerar riquezas do país seria prejudicada. Sim, mas o que essas sementes têm a ver comigo? Essa tal riqueza chega até a mim? Estas são questões que estão na mente destes ativistas. Chega-se um momento em que não é possível mais sofrer tantas privações enquanto gastam fortunas em pesquisas que não beneficiarão senão a camada mais bem provida da sociedade.

Não estou com isso legitimando as ações violentas, mas propondo que não sejam tratadas com mais violência, que sejam vistas como reações a uma determinada situação. Entendê-las talvez seja o melhor caminho para resolver as diferenças.

Portanto, a ação de V não é um ato terrorista mas uma reação a um estado de coisas de terrível aspecto e consequências a todo um povo. Seu ato foi de extrema coragem e ousadia ao mesmo tempo que criou uma oportunidade rara das pessoas reconstruírem uma sociedade mais justa.

Considerações finais

Eu vejo “V de Vingança” como uma caricatura da realidade. Todos nós sabemos que os caricaturistas supervalorizam aspectos singulares fazendo-os se sobressaírem exageradamente no todo.

Contudo, talvez a trama apresentada no filme seja uma representação exagerada de outras formas de dominação das quais estamos submetidos sem perceber. O filme nos chama a atenção pra isso e também que esforços, muitas vezes dolorosos, sejam necessários para se libertar de qualquer estado de opressão.

Qualquer forma de controle é uma agressão a nossa capacidade criativa e inventiva.

Até a próxima!

2 Comments:

Blogger Angelo Siqueira da Cunha said...

Acabei de assistir o filme no SBT, pela terceira vez, "primeira em português", ficou mais fácil entender os diálogos de linguagem rebuscada de V e por conseqüência pude me concentrar mais no roteiro. Saí procurando na internet algumas análises do filme e achei esse blog, Quando o filme foi lançado eu estava morando no Canadá e confesso que não absorvi 100% do filme, mas fiquei encantado com a mensagem anarquista, nunca vi um filme com tamanho potencial subversivo "no bom sentido". Se tivesse sido feito a 30 anos atráz levaria o autor a cadeia ou coisa pior. O conceito de que somos controlados por uma cultura de medo é uma maravilha moderna, tal qual o celular, algo inconsebível a tão pouco tempo atráz.Essa cultura do medo não é coisa que George bush inventou,"não teria capacidade intelectual para tanto" vem dos dos primórdios da humanidade, desde que desenvolvemos a consciência, algo também tão recente se consideramos a idade em que o homo sapiens caminha pela terra, vários rituais foram criados para consolidar essa abstração chamada razão, soterrando no inconsciente, toda uma gama de conhecimento que nos mantiveram vivos por milênios. As igrejas cristãs "no filme representadas fundamentado a política religiosa do chanceler" se dedicaram por dois mil anos a extinção completa desse conhecimento, com a introdução do Diabo, do pecado original, e do medo da condenação eterna daqueles que não aceitavam a palavra. censuraram e editaram a bíblia a sua conveniência, queimaram tudo que oferecesse ligação com os arquétipos primordiais do homem, livros,plantas e pessoas, o conhecimento druídico da Europa fora destruído sistematicamente, o culto a natureza virou bruxaria, plantas psicoativas foram destruídas por possibilitarem conexão com os tesouros trancados no subconsciente. Nesse ponto percebi que posso estar "perdendo o foco" rsrs mas como não faze-lo diante da complexidade do mundo, como propõe Edgard Moran com sua teoria do pensamento complexo, algo que veio para confrontar nosso academicismo cada vez mais especializado e cuja conseqüência é saber cada vez mais sobre cada vez menos "como diria um antigo colega de faculdade". posso citar ainda a teoria de Jung da sincronicidade que propões que tudo está interligado diante disso foco é algo abstrato, uma alegoria bizarra da razão. Só pra finalizar,
fiz uma outra leitura sobre a questão da relação entre o roteiro e os eventos do 11 de setembro, comparo o ataque ao WTC não ao ataque ao parlamento inglês mas sim a propagação do vírus pelo próprio governo como ferramenta da cultura do medo e como forma de legitimar poderes ditatórias do chanceler, desprezando o processo democrático e político. Acho que o autor incinua de certa forma e associa esse golpe com teorias de conspiração onde o governo norte americano teria sido o verdadeiro responsável pelos ataques ao WTC e Osama Bin Laden seria apenas um bode expiatório, ou até um próprio agente do tio Sam, será que ele existe?como alguém pode se esconder de uma super potencia por tanto tempo? bom voltando ao foco depois dos ataques George Bush decretou uma espécie de lei marcial onde ganhou mais poderes e o direito de criar leis sem submete-las ao congresso, direitos civis que vigoravam desde a proclamação da carta de independência americana foram limitados ou cassados, pessoas podiam ser presas sem direito a advogado, tudo isso foi possível pela cultura do medo "vide Fahrenheit de Michael Moore" Não seria a primeira vez, Hitler fez o mesmo ateando fogo ao parlamento alemão e culpando o partido comunista, no meio do pânico causado por ele mesmo, ganhou poderes e restringiu direitos e o resto todo mundo mundo sabe...No filme também o chanceler tem influências nazistas com direito a símbolo ao estilo suástica e tdo mais e perseguição a minorias, no filme tbm á referencia a perseguição de toda sorte de muçulmanos ocorrida depois do 11 de setembro. Por isso eu digo que nem pude acreditar na ousadia das idéias contidas em V de vingança quando o assisti pela primeira vez, e hoje depois de assistir o filme continuo achando, perfeito a idéia do autor esconder algo tão explosivo em uma revista em quadrinhos, algo considerado superficial, coisa para adolescentes, mas fazer um filme, foi muita ousadia, acho que quem podia se ofender é burro de mais para fazer analogias, os irmãos seguem nessa tradição de esconder conceitos ocultos em seus filme como em Matrix, mas isso é uma outra estória não vamos perder o foco rsrs.
Abraço para vc Cristiano gostei do seu texto desculpe o meu não ser tão bem estruturado, pois não tenho praticado muito ultimamente.
Angelo

02:34  
Anonymous Anônimo said...

Parabens à Angelo e Cristiano com relação ao filme "v de vingança", queria eu ter a habilidade de escrever assim, ainda espero ter pois sou bem novo (15 anos).
Vocês me abriram os olhos ao real sentido do filme, eu até achava que tinha um conceito correto comparando com o dos meus colegas que parecem não terem entendido nem absorvido nada do filme, mas percebi em seus comentários que o conceito é muito mais do que eu pensava, apesar de eu até ter tido alguma idéia do real sentido, nunca parei para compara-lo com ocasiões ou desastres já ocorridos em nossos dias. Por isso, muito obrigado e agora vou assisti-lo pela quinta vez pois nada melhor que a "tranquiladade da repetição".
Abraços, Vinicius.

14:26  

Postar um comentário

<< Home